Press Start

Bom o meu contato com fliperamas se deu no início dos anos 90, lembro perfeitamente de um amigo de infância  (Henrique) que tinha ido ao BH Shopping em um sábado a tarde com os pais e voltou de lá com umas histórias sobre uns jogos “sinistros”...ele falava de dragões, magias, guerreiros...depois; briga de gangues... lutadores de Karatê...enfim; fiquei alucinado com tudo aquilo pois o que eu conhecia de games naquela época se resumia ao meu console SuperGame (primo pobre do Atari que me gerou muitas alegrias), como eu não tinha grana e nunca tinha ido em um Shopping, o mais perto que consegui chegar dos jogos foi imaginar o filme do Conan misturado com o Karatê Kid!!

                                                  Final Fight

                                               Golden Axe

Street Fighter 2 - Champion Edition

Mais tarde minha família mudou-se para o bairro Renascença, lá tiver a sorte de ser vizinho de uns caras muito bakanas (Gustavo Caixeta e Tiago Caixeta), eles tinham um Master System e a jogatina comia solta, porém o nosso forte mesmo era ir pro centro “flypar”, usávamos esse termo referindo-se ás horas e horas que passávamos dentro das lojas da Futurama (cansei de vender o vale-transporte para comprar ficha e voltar a pé pro Bairro Renascença), fiz uma parceria muito forte com o Gustavo e começamos a frequentar os fliperamas de Bairro também (tomei muita porrada dos caras mais velhos).

Loja Futurama - Anos 90

Posso dizer que vivenciei a era de ouro dos Arcades...tínhamos Final Fight(vem sô abre a tela, pega na sessão...pega na sessão); Street-Fighter 2 (se você ganhar vou desligar sua ficha); 1942; Mortal Kombat; MoonWalker e etc, como não tínhamos grana para comprar fichas nos contentávamos em apenas ficar olhando, ver os caras grandes jogarem, escutar o som das máquinas e muitas vezes aprender mais sobre essa arte que até hoje faz parte do meu conceito de diversão.

           Anos depois (alguns bons anos) eu tinha comprado uns controles de Arcade para jogar jogos de luta no meu Play2, joguei muito pouco não achava muita graça...não era a mesma coisa, então encostei eles e decidi vender o Play2.

Controles Arcade

Mais alguns anos depois (putz) em conversa com a Diretoria aqui da empresa onde trabalho (somos diretores apenas no WhatsApp, todo mundo é peão mesmo) comentei dos controles que eu tinha em casa, um outro falou que tinha um PC antigo parado em casa, outro disse que tinha o monitor CRT...dai um falou que tinha um primo que era marceneiro...como todos são Analistas de Sistema e conheciam os emuladores...surgiu assim o Projeto Arcade - Fliperama de Graça.